- Complexo Luxor
A Ordem Rosacruz – AMORC tem sua tradição primordial relacionada às Escolas de Mistério do Egito Antigo. Nestas, o saber oculto dos egípcios, os segredos da natureza, da ciência e da arte eram ensinados para grupos específicos em reuniões que ocorriam, muitas vezes, junto aos templos egípcios. As Escolas de Mistério dedicavam-se a transmissão do conhecimento das leis e dos propósitos da vida.
Homenageando o legado desta antiga civilização a Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa – AMORC construiu, no terreno ao lado do Grande Templo, o Complexo Luxor. Este é formado por uma avenida processional de esfinges, um obelisco e a estátua do imperador romano Otávio Augusto. O espaço foi inaugurado em 21 de setembro de 2016, por ocasião da abertura da XXIV Convenção Nacional Rosacruz, pelo Imperator, Frater Christian Bernard e pelo Grande Mestre, Frater Hélio de Moraes e Marques.
A Alameda de Esfinges baseia-se na que os egípcios construíram na antiga capital Tebas e que ligava os dois principais templos da cidade: Karnak e Luxor. Essa era uma avenida processional na qual, no festival de Opet, a estátua do deus Amon era transportada de um templo ao outro, em uma barca, para que a população pudesse vê-la. No Complexo Luxor construído pela AMORC-GLP a avenida possui 26 esfinges. Em especial, a décima terceira esfinge do lado esquerdo, guarda uma cápsula com um pergaminho e documentos rosacruzes importantes, e será aberta passados 100 anos da sua inauguração.
O obelisco é uma réplica do construído durante o reinado do faraó Tothmés III, que governou o Egito de 1479 a 1425 a.C. e que ficava no sétimo pilone do templo de Karnak, na atual cidade de Luxor. Tothmés III estendeu as fronteiras egípcias até a Síria-Palestina, ao norte, e até a quinta catarata do rio Nilo, ao sul do Egito. As inscrições deste obelisco contam um pouco desta expansão realizada pelo faraó. No topo o rei está representado realizando oferendas ao deus Amon-Ra, a principal divindade egípcia no período.
Na época romana muitos obeliscos foram retirados do Egito e levados para diversas localidades do império, principalmente para Roma. Contudo, este, em particular, foi levado para a antiga capital do Império Romano do Oriente, Constantinopla, a atual Istambul. Foi retirado do Egito pelo imperador Theodosius e fixado no Hipódromo de Constantinopla em 390 d.C. para decorá-lo, local em que se encontra até os dias de hoje.
Já a estátua do imperador romano é uma réplica do “Augusto de Prima Porta” que está no Museu do Vaticano e foi encontrada em 1863 nas ruínas da Villa Ad Gallins Albas, para onde a esposa de Augusto, Lívia, retirou-se após a sua morte, nas proximidades de Roma. É uma estátua póstuma de Augusto e foi encomendada por Tibério, seu filho adotivo, em 15 d.C. Esta estátua de Cesar Augusto personifica seu poder e autoridade, já que está na posição de um general que se dirige ao povo ao realizar o discurso da vitória.
A réplica da estátua de Cesar Augusto exposta no Complexo Luxor da AMORC-GLP foi um presente que o Imperator Emérito, Ralph Maxell Lewis (1904-1987), então Supremo Secretário, presenteou seu pai, Dr. Harvey Spencer Lewis, em 1937. A homenagem se deu em reconhecimento ao excepcional trabalho desenvolvido por ele como líder na gestão da AMORC desde sua implantação em 1915 até aquela data (1937).