- O INÍCIO NO BRASIL
- MUDANÇA PARA CURITIBA
- MAIO - 1960
Em nove de maio de 1956 iniciava a história da Grande Loja do Brasil, atual Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa, motivada pela ação de inúmeros fratres e sorores brasileiros que se encontravam na época afiliados às lojas rosacruzes de São Paulo, Rio de Janeiro e Belém. Após a sua fundação oficial, muitas decisões foram tomadas para que pudesse ser construído no Brasil e, depois na língua portuguesa, um rosacrucianismo forte e vibrante. Entre as providencias dos primeiros anos estava a necessidade de se construir uma sede administrativa e um local para as atividades rosacruzes – o Grande Templo.
AMORC-GLP
Hoje, passados 63 anos de sua fundação, a AMORC-GLP possui um complexo de prédios que ao conhece-los entendemos um pouco da sua história. Assim, o convidamos a visitar esta exposição e conhecer esta instituição através das suas construções.
– Sede da GLP em 1958
A cidade do Rio de Janeiro sediou os dois primeiros endereços da então Grande Loja do Brasil. Seu primeiro endereço foi uma sala de número 707, na Praça Mauá, 7, centro do Rio de Janeiro, prédio conhecido como “A Noite”. Entre 1957 e 1958, a Grande Loja mudou-se para uma casa na rua General Rodriguez, nº 35, no bairro do Rocha.
Fachada da segunda sede da GLP em maio de 1958. Fratres e sorores do então Capítulo Rosacruz São Paulo em visita à Grande Loja.
Neste evento foi inaugurada a placa de identificação da Grande Loja. Era desta residência que procediam as monografias e livros rosacruzes em língua portuguesa.
Ambos locais eram alugados e fazia-se necessário uma sede própria. Terrenos no Rio de Janeiro foram visitados, porém localização e outros custos tornaram o projeto inviável. Em meados de 1958, a família Colle, de Curitiba, fez a doação de um terreno na região chamada na época como “Jardim Bacacheri”. O Imperator, Frater Ralph M. Lewis, foi conhece-lo e encantado com a região comprou o lote aos fundos do terreno, e, também o doou à Grande Loja. No mesmo ano foram iniciados os projetos para a construção de dois prédios no local: o administrativo e o Grande Templo. O projeto de ambos prédios obedeceu à tradição rosacruz, sendo baseados na arquitetura e no simbolismo egípcio antigo.
Após a decisão dos planos para a construção, não tendo a GLB recursos suficientes para a realização da obra, enviou aos seus membros um folheto com o plano de construção e fez-se uma solicitação aos que pudessem colaborar para a realização. Àqueles que respondessem ao pedido foi prometido que, independente do valor doado, receberiam um certificado especial, com um cupom destacável para a assinatura do doador. Esses cupons depois seriam depositados debaixo de uma placa de bronze, na inauguração do Grande Templo, para que ali permanecessem para a posteridade. Muitos atenderam ao pedido e como prometido, no dia da Sagração do Templo, os nomes foram colocados em uma urna e cerimoniosamente colocada em uma plataforma no interior do Shekinah sendo lacrada com uma placa de bronze com inscrição que traduz o reconhecimento da AMORC a todos aqueles que de alguma forma participaram da concretização do edifício do templo e da administração.
O Grande Templo ainda levaria pouco mais de dois anos para ser finalizado. Algumas dificuldades deixaram a obra parada por um tempo. Porém, em abril de 1963 os fratres e sorores foram comunicados da retomada das obras, de que se encontrava em ritmo acelerado e de que a Grande Loja havia decidido utilizar os recursos que possuía no momento para terminar a construção do prédio. E fazia-se votos de que quando a data de inauguração fosse divulgada que os rosacruzes de todos os cantos do país estivessem presentes para a Sagração do Templo e para a inauguração oficial da administração.
No início de 1964, pelo adiantar das obras, a Grande Loja notificou seus membros de que a inauguração ocorreria naquele ano e conclamava os fratres e sorores artistas a colaborarem na decoração interior do templo.
Em meados de junho começou a fase final da construção com a decoração do interior do templo realizada por rosacruzes extremamente dedicados a este fim. As imagens foram inspiradas nas cenas do cotidiano egípcio e o trabalho foi coordenado pelo Frater Hermanito Christensen e soror Mercedes Fuchs.
Inauguração do Templo durante a primeira Convenção Nacional Rosacruz, no dia 24 de setembro de 1964
Assim, durante a primeira Convenção Nacional Rosacruz, no dia 24 de setembro de 1964, o Grande Templo e Administração foram inaugurados pelo Imperator. O evento também contou com a presença do então Supremo Secretário, Frater Arthur Piepenbrink, o representante do prefeito de Curitiba, além de inúmeros rosacruzes e convidados. A Sagração do Grande Templo ocorreu no dia 26 de setembro de 1964 e foi conduzida pelo Imperator, Frater Ralph M. Lewis, de acordo com as cerimônias descritas nos Arquivos Rosacruzes. Estava assim a Grande Loja do Brasil, a partir desse momento, com seu templo consagrado para a realização das mais sublimes cerimônias rosacruzes. Em outubro de 1964 foi publicada a primeira foto dos prédios da Administração e do Templo na revista “O Rosacruz”, juntamente com uma imagem do momento da inauguração, para que aqueles que não puderam estar presentes conhecessem a sede da Grande Loja do Brasil.
Em maio de 1960 Curitiba tornou-se oficialmente a sede da Grande Loja. Não que as obras tivessem finalizado, mas certo atraso impedia que os oficiais da Grande Loja, soror Maria A. Moura e frater José de Oliveira Paulo, acompanhassem mais de perto a construção. Na revista “O Rosacruz” de junho de 1960 os membros brasileiros foram notificados da mudança da sede administrativa para Curitiba e de que a construção finalizaria em 1961. Nesse ano, o Imperator, acompanhado do frater Rodman Clayson, Grande Mestre para a língua inglesa, visitou a GLB e ambos observaram o prédio administrativo em fase de acabamento. Também plantaram duas roseiras no local que se tornaria o jardim da Grande Loja do Brasil. A terra utilizada no plantio foi uma mistura da que aqui se encontrava e da que o Imperator havia trazido do Parque Rosacruz, em San José, e usada água da Fonte Sagrada de Delfos. E em agosto de 1961 a Grande Loja informava seus membros da conclusão da administração.
O Grande Templo ainda levaria pouco mais de dois anos para ser finalizado. Algumas dificuldades deixaram a obra parada por um tempo. Porém, em abril de 1963 os fratres e sorores foram comunicados da retomada das obras, de que se encontrava em ritmo acelerado e de que a Grande Loja havia decidido utilizar os recursos que possuía no momento para terminar a construção do prédio. E faziam-se votos de que quando a data de inauguração fosse divulgada que os rosacruzes de todos os cantos do país estivessem presentes para a Sagração do Templo e para a inauguração oficial da administração.
No início de 1964, pelo adiantado das obras, a Grande Loja notificou seus membros de que a inauguração ocorreria naquele ano e conclamava os fratres e sorores artistas a colaborarem na decoração interior do templo.
Em meados de junho começou a fase final da construção com a decoração do interior do templo, realizada por rosacruzes extremamente dedicados a este fim. As imagens foram inspiradas nas cenas do cotidiano egípcio e o trabalho foi coordenado pelo frater Hermanito Christensen e pela soror Mercedes Fuchs.
Assim, durante a primeira Convenção Nacional Rosacruz, no dia 24 de setembro de 1964, o Grande Templo e a Administração foram inaugurados pelo Imperator. O evento também contou com a presença do então Supremo Secretário, frater Arthur Piepenbrink, o representante do prefeito de Curitiba, além de inúmeros rosacruzes e convidados. A Sagração do Grande Templo ocorreu no dia 26 de setembro de 1964 e foi conduzida pelo Imperator, frater Ralph M. Lewis, de acordo com as cerimônias descritas nos Arquivos Rosacruzes. Estava assim a Grande Loja do Brasil, a partir desse momento, com seu templo consagrado para a realização das mais sublimes cerimônias rosacruzes. Em outubro de 1964 foi publicada a primeira foto dos prédios da Administração e do Templo na revista “O Rosacruz”, juntamente com uma imagem do momento da inauguração, para que aqueles que não puderam estar presentes conhecessem a sede da Grande Loja do Brasil.
O que representa a arquitetura destes dois primeiros prédios? Dissemos que tem relação com a tradição da AMORC, porém que significado simbólico possuem?
O Grande Templo e a Administração da GLP tem sua arquitetura inspirada nos templos do Antigo Egito. As duas torres são pilones que, para os antigos egípcios, eram a representação da montanha primordial, em referência ao primeiro monte de terra que teria surgido do oceano cósmico no momento da criação do mundo. Também formam o sinal hieroglífico akhet que significa horizonte. Teríamos assim duas montanhas e, no pensar egípcio, o sol nasceria entre elas. O sol era Rá a primeira divindade que surgiu e responsável pela criação. O sol alado é um símbolo associado a este deus.
As bordas que vemos nos pilones são representações das antigas cordas que sustentavam os primeiros templos que tinham estrutura perecíveis, como a madeira. O detalhe da parte mais alta chama-se cornija que também faz menção a um elemento antigo das construções templárias que são as folhas de palmeira.
Quando o prédio da Grande Loja ficou pronto notamos em sua fachada quatro mastros. Esse detalhe também estava presente nos antigos templos egípcios que utilizavam esse recurso para pendurar bandeirolas que decoravam a fachada das construções religiosas.